O caminho rumo ao calvário – Pieter Bruegel Ilustração enviada pela autora |
Entre tantos fatos invertidos
O espelho da vida reflete a incongruência
Como um sol... , detrás de densas nuvens de poeira
A polvilhar os olhares esgazeados, oblíquos e vazios
Da multidão que segue os passos de uma invisível dança,
Sentindo o amargor como puro mel.
Nesse mundo de planos discordes
A Obra segue acontecendo longe das atenções
Distante de qualquer misericórdia,
Num trigal que não se transformará em alimento futuro...
No entremeio, o moleiro mói os grãos
Cevados em ventos de colinas imberbes.
E põe-se a admirar o côncavo das singelas imagens
Formando doces contornos, com uma imperceptível prece
A minimizar o peso daquela cruz, e
Coração do cenário da existência.
Que, em sua cadência, como um divino rio
Irriga os deturpados espíritos.
O espelho da vida reflete a incongruência
Como um sol... , detrás de densas nuvens de poeira
A polvilhar os olhares esgazeados, oblíquos e vazios
Da multidão que segue os passos de uma invisível dança,
Sentindo o amargor como puro mel.
Nesse mundo de planos discordes
A Obra segue acontecendo longe das atenções
Distante de qualquer misericórdia,
Num trigal que não se transformará em alimento futuro...
No entremeio, o moleiro mói os grãos
Cevados em ventos de colinas imberbes.
E põe-se a admirar o côncavo das singelas imagens
Formando doces contornos, com uma imperceptível prece
A minimizar o peso daquela cruz, e
Coração do cenário da existência.
Que, em sua cadência, como um divino rio
Irriga os deturpados espíritos.